Por Mesquitinha
Praça Sete está para BH como a esquina da Ipiranga com São João, para São Paulo. É a alma da cidade onde não tem e não precisa ter uma câmara big brother para saciar a curiosidade, devido a confluência de todas camadas sociais é resolvida num bate papo.Fica entre o Palhares e o Café Nice, na esquina da Afonso Pena com Rio de Janeiro. Tem vários tabuleiros de xadrez com jovens jogando com velhos, feira de relógio roubado ( às vezes muito próximo ), gays em disponibilidade ( estão sempre disponíveis ), prostitutas carentes ( estão sempre carentes ), jovens dando show de skate, mendigos exercitando o labore, pintores semi amadores vendendo a sua arte, intelectuais de todas as correntes ( não poderiam perder um painel como esse ), povo, muito povo, milhares de pessoas cruzam a sua redondeza. Vai ficar bem melhor quando re-inaugurar o Cine Brasil que está sendo restaurado com verba aprovada por Gilberto Gil que reformou a maravilhosa Praça da Estação ( antiga ferrovia ).
Tem comida na Praça Sete, Mac Donalds, Habbibs, uma loja com teco de pizza maravilhoso (forno à lenha ), barzinhos com pasteis excelentes, e na Rio de Janeiro bares num calçadão de pedestre com musica ao vivo todas às noites. As terças tem um conjunto de chorinho simplesmente imperdível. São cinco senhores de idade (destaque para o clarinetista) com o neto do preto de cabeça branca que toca pandeiro, um jovem no bandolim que é fora de série. Nada melhor que almoçar o KAOL no Palhares, tomar o cafezinho no Ponto Chic, engraxar o sapato lendo o Estado de Minas na Praça Sete e lá mesmo começando no final de tarde tomar uma cerveja ou chopp no bar que tem a música ao vivo no calçadão.
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