quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Entre a Avenida e o Infinito

Impressionante a beleza da paisagem que a praia me ofereceu hoje cedo. Na verdade parecia uma pintura, um quadro.
Eram quase seis horas, e uma névoa fina pairava sobre toda a baía de Santos como um véu a ser descortinado...
A areia dura cor de chumbo, a ilha das Palmas de um lado e a Ilha Porchat do outro, com os morros á sua volta meio que esfumaçados pelo nevoeiro, o mar verde escuro, liso com pequenas ondas, simétricas rolando sem nenhum estardalhaço, calmas, suaves... e uns riscos coloridos saindo por de trás dos prédios da ponta da praia colorindo o céu de vermelho, lilás e amarelo, davam um contraste entre o sinistro e o belo, impressionante. Como a natureza é maravilhosa...
E numa destas noites, na TV, alguém disse:
- Por que ninguém mais faz poesia? Porque ninguém mais declama uma poesia?
Então, depois disso tudo, aí vai minha colaboração para o resgate das poesias.
É certo que é uma letra de música, mas é minha, e sobre Santos:

Quase que eu passo e nem te sinto
Entre a avenida e o infinito
Toda vida dessa gente está aqui

Por um instante pára o tempo
Foram tantos os momentos
Quantas dores e alegrias tive aqui

Sem precisar de permissão
À noite ou de dia
Areia prata me ilumina

Tua magia, teus encantos
Oh, terra santa, só em Santos
Qualquer um que chega não quer mais partir

Por tanto tempo, tantos anos
Te agredimos, desprezamos
Mesmo assim você consegue resistir

Há tempo prá me perdoar?
Pelos canais que sangram
Juro lutar prá não perdê-la

Tocar você traz emoção
A brisa toca o coração
Quantos segredos escondidos no jardim
Mar que abraça a ilha
Deixa na praia tuas feridas

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