sábado, 23 de maio de 2009

Festival "Comida di Buteco"

“Marcão, li uma revista no avião e lembrei de você na hora, dá uma olhada...”
Assim o Vicente me surpreendeu com uma reportagem maravilhosa sobre o “Décimo Festival de Comida di Buteco”. Pena que é em Belo Horizonte... pena não, ainda bem, assim tenho mais um motivo para conhecer Belo Horizonte.
O festival reúne 41 bares da capital que disputam acirradamente os primeiros lugares todo ano.
Interessante a observação sobre a importância que os mineiros dão aos botecos... e do gosto pela confraternização, de se reunir e de dividir tudo entre os amigos de bar... inclusive este hábito levou o mineiro preferir a cerveja ao invés do chopp...
Pela reportagem, o “verdadeiro boteco” é classificado como aquele onde o dono e a família trabalham juntos, onde se conhece o freguês pelo nome, onde a cerveja é estupidamente gelada e as porções fartas... boa definição essa, hein???
No festival, o boteco tem que se inscrever a cada ano com uma nova receita... isto acabou provocando uma enxurrada de 400 novos petiscos no mercado nos últimos dez anos com novidades bem doidas como sushi e e sashimi de tutu de feijão e de galinhada... E tem alguns que me deixaram com água na boca, como a berinjela crocante, o bolinho de mandioca com parmezão e a rabada com mostarda...
Só que o festival não é brincadeira não... quem fica em último lugar é rebaixado e só pode voltar a competir depois de dois anos... sem apelação...
Tá aí uma boa idéia para movimentar os botecos daqui, não???
Pena que a festa de saideira é neste final de semana... mas os petiscos e os botecos continuam lá... Belô, aí vou eu...
Valeu Vicente...

Armazém 29

Eis porque o Armazém 29 continua sendo um dos melhores bares de Santos: "levei quase um ano para conseguir sentar na mesa que eu gosto para fazer a matéria para o Blog..."
Claro... não dá para falar do Armazém, sentando em qualquer mesa... isso mereceria um dia especial, e uma mesa especial, porque o Armazém também é muito especial...
Tudo começa pelo ambiente, na rua dos melhores bares de Santos, quase na calçada, descontraído e chique ao mesmo tempo, onde você pode ir de maiô ou de terno... porque todos se tornam iguais, diante das maravilhas que são servidas por ali...
Pra mim, o melhor horário é o do almoço... (antes das 12:30 se você quiser pegar uma mesa lá fora...) À noite o serviço é o mesmo, mas a freqüência é mais barulhenta...
Todos os dias têm um prato especial (sexta é bacalhau, o meu preferido), e no fim de semana o que manda é o cardápio baseado em frutos do mar....
Meus pratos favoritos são os risotos, o macarrão com frutos do mar, os Camarões, o Polvo, a porção de porquinho (já viu que é quase tudo, né?) e principalmente o cuscus... nossa, e que cuscus... acho que nem minha vó Maria fazia um cuscus desses... dá uma clicada nele para você ver bem...

De entrada, as caipiroskas. Aliás acho que o Armazém foi o primeiro que vi fazer caipiras misturando frutas... esta que eu gosto é a de Tangerina com gengibre... e para minha querida e singela esposa, a de frutas vermelhas...

Vale realmente à pena chegar cedo e ir petiscando tudo que puder e agüentar... e claro, voltar sempre, ali na rua Pindorama, 29.

terça-feira, 12 de maio de 2009

A Incrível História do Bobs

Por Carlos Eduardo Mesquita, o Mesquitinha
O Bobs, que é brasileiro, foi fundado em 1954 no Rio de Janeiro. O Mac Donalds, nos USA em 1964.
Tinha um Bobs na Praça da Paz em Ipanema, onde eu passava as férias de Julho com os meus tios. Nessa época já tinha pão hambúrguer, pão dog, sorvete soft para sunday com calda, e para milk shake incluindo o campeoníssimo de Ovomaltine que tem aceitação absoluta até hoje; os sanduíches frios de salada de atum e de salada de frango, o ham-egs ( ovos com presunto ou com bacon feitos na frigideira ), o hamburger e o cheese salada.
Todo maquinário, como de fazer sorvete soft, grelha para salsicha, esquentador para os pães, equipamentos que dez anos depois o Mac Donalds desenvolveu com a Taylor de Chicago, aqui foi feito sob projeto do dono do Bobs pela Metalurgica Rio, na rua Lavradio, onde muitos anos depois eu fui com o Paraná do Mate para ele encomendar o primeiro carrinho totalmente de aço metálico.
Á época do seu surgimento coincidia com os dois primeiros supermercados do Brasil, Peg e Pague e Sirva-se, ambos também no Rio , fundados por Fernando Pacheco de Castro, que anos depois veio para São Paulo contratado por Valentim Diniz para gerenciar o Pão de Açúcar que até então, era uma doceria na Brigadeiro Luiz Antonio. O Rio, era a Capital Federal, sede da maior Bolsa de Valores e das multinacionais americanas, grande pólo da moda verão, além da única porta de turismo, e o aparecimento do supermercado e da lanchonete também estavam do contexto da era moderna do pós-guerra.
Mas, quem fundou o Bobs??? .... Bob Falkenburg, americano, quarto no ranking profissional mundial de tênis ( na época tinha a categoria , amador ) veio com os três primeiros fazer uma exibição no Club Caiçaras na Lagoa Rodrigo de Freitas, ao olhar para platéia bateu os olhos numa moça morena e após o jogo iniciou um flerte. Era filha do grande empresário e proprietário de rádio, Sr Mairink Veiga, pai do Toni Mairink Veiga casado com a Carmem, não admitindo que a sua filha namorasse um profissional ( imaginem se um pai hoje, proíbe a filha de namorar o Nadal ) colocou seguranças, etc e tal, mas não conseguiu evitar o casamento. Expurgado do convívio social, familiar e financeiro do sogro, Bob montou o primeiro Bobs, aquele da Praça da Paz, desenhando os equipamentos e lay out da loja, e mais tarde, arrumou um sócio que tinha os vendedores de mate percorrendo as praias com a caçamba feita na Metalúrgica Rio à tiracolo, e com este montou a matriz fabricante dos insumos na Av. Brasil e várias lojas... Bob Falkemburg, ficou milionário com uma cadeia de mais de quarenta lojas, comprou a parte do sócio, investiu em outros negócios, socorreu financeiramente o falido sogro nos anos finais de sua vida e depois de velho passou para o filho , um porra louca, nessa fase casado com a atriz Silvia Bandeira, que em três anos jogou a empresa no fundo poço, sendo a única solução vender para a Libys da Nestlé a qual anos depois vendeu para o atual dono um grupo financeiro estrangeiro, que depois de uma reformulação administrativa está com quinhentos pontos do Sul ao Norte do país e tem um resultado mais lucrativo do que o MacDonalds
Mas, o ex-campeão de Tênis, passou a praticar dois esportes, Pocker, onde não foi muito feliz, tanto é que numa mesa perdeu aquela loja da Praça da Paz para o Braguinha, Antonio Carlos de Almeida Braga do Grupo Icatú/Bôa Vista, e também, o esporte dos velhos milionários, o Golf. Meus amigos, Bob Falkemburg foi Campeão Master Amador Mundial. Não é mole, esse é um Herói dos Tempos Modernos Pós Guerra, dos Anos Ricos e Dourados...

sábado, 9 de maio de 2009

A Mãe e a Crise.

Hoje, quando pensei em escrever algo para os dias das mães, imediatamente pensei na “Crise”... Aliás, hoje me dei conta de que eu também estou em crise... Desde que as coisas começaram a despencar lá nos EUA, só vejo a minha conta no vermelho... e bota vermelho nisso... só troco essa tinta na impressora...
Mas vamos voltar para a mãe... para a Mãe desse distinto senhor que desencadeou esta Crise... ou Mães dos Senhores...
Se eles tivessem mãe, quer dizer, mãe eles devem ter, mas se eles ouvissem suas mães, pedissem conselhos à sua mãe provavelmente não estaríamos passando por esta situação...
Porque com Mãe não tem crise, já percebeu?
Mãe tem sempre uma saída, sempre dá uma esperança, sempre tem uma palavra certa, que por mais dura que seja, consegue abrir uma aresta pelo labirinto dos nossos pensamentos e de repente aquela pressão de dentro da cabeça começa esvaziar e tudo vai ficando mais claro...
Uma mãe nunca iria dizer:
- Filho, empresta mesmo dinheiro para esse pessoal todo comprar casas cada vez maiores, mesmo sem terem como pagar, pega sua comissão e vamos aplicar tudo na Bolsa porque quando o pepino estourar a gente já não vai nem estar por aqui mesmo...
Ou:
- Vai filho, super-fatura essa obra, cobra uma propina para aprovar aquele projeto, me arranja um emprego que eu não precise ir e me dá uma das suas passagens para eu ir gastar na Europa aqueles dólares que seu irmão ganhou no último seqüestro...
Mãe que é Mãe não ia dar uns conselhos desses, ia?
Pelo menos a maioria não...
Já pensou se o José Dirceu ouvisse a sua mãe, o Maluf, o Quércia, a Marta, o Bush, o Sadan, Hitler, Daniel Dantas... e tantos outros...
Talvez o rumo da história fosse diferente...
E se não tivessem mais mãe, poderiam pelo menos pensar no que elas diriam sobre suas idéias e atos...
Não parece que as pessoas do bem como Jesus, Gandhi, Mandela, e até o Obama, ouviam suas mães???
Então fica aqui minha sugestão para os dias das Mães:
Ouçam o que suas mães têm a dizer. Conversem com elas, aconselhem-se... busquem no colo de quem incondicionalmente os ama o conforto e a palavra certa, que por mais dura que seja, sempre será a verdade e o melhor caminho...
Porque eu estou indo falar com a minha... beijos mãe...