domingo, 1 de julho de 2012

Comida de Shopping - Parque Balneário – Santos

Bom... não tem coisa que eu mais odeie do que comer em Shopping. Quer dizer, tinha...
Dá para acreditar que tem sábado que eu prefira ir almoçar no Shopping do que em qualquer outro lugar?
É certo que em São Paulo tem alguns Shoppings que abrigam restaurantes sensacionais, mas dá para comer direito em alguma praça de alimentação?
A do Shopping Higienópolis ainda é bem legal, mas a barulheira e a confusão é a mesma do que quase todos os shoppings que existem.  E prá mim não tem coisa pior do do que comer com barulho e entulhado...
E por incrível que pareça aqui em Santos tem um shopping que dá para ir fazer um programinha gastronômico bem agradável: no Shopping Parque Baneário, no seu  “Espaço Gourmet”
Seu ambiente sem dúvida é o mais descolado daquilo do que se jamais viu em Santos.
Poltronas estofadas, mesonas e uma acústica de teatro, onde até se consegue ouvir uma música ao vivo entendendo o que o cantor está interpretando e sem estragar o apetite.
E é aí que vem o ponto onde quero chegar. Além da comida japonesa, do hambúrguer e do crepe, que já provei e gostei de todos, tem dois lugares que destaco.
Entre eles o meu preferido, o “Sabores do Mar”.
Estou em uma fase de peixes... me acostumei a comer peixe. Peixe, peixe e peixe sem enjoar.
Hoje tenho preferido peixe à carne... dá para acreditar?
E no “Sabores do Mar” tem dois pratos que gosto muito: o “Abadejo com molho de Ervas” e o “Abadejo com Salada Italiana” que está aí para vocês verem.
Também já experimentei o risoto e estava muito bom. Realmente a comida deles é excelente. E sem dizer que você ainda tem a opção de tomar uma taça de vinho tinto ou branco Miolo, bem servida por R$ 6,00.
Outra surpresa foi petiscar no Quiosque Chopp Brahma. Que na verdade não é um quiosque e sim um belo de um espaço, inclusive com vista parcial da praia...
No Quiosque Brahma, experimentei e adorei o sanduíche de Aliche (com chopp então nem se fale...)  e a Batata Rústica (frita com casca, fatiada com alho, alecrim, sal grosso e molho de alho).
Vale à pena...
Só atente para o horário de funcionamento: http://www.shoppingbalneario.com.br/espacogourmet 

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Viajando - Jaboticabal

O homem é um eterno aventureiro, certo?...?
Depende...
Depois da rotina que me impus nestes últimos 3 anos que começa às cinco e meia a manhã e termina às nove da noite, minha maior aventura tem sido encontrar meu sofá...
Mas algo me dizia que esta aventura era necessária. Nada extraordinário: apenas cinco horas de viajem de ida, um dia e meio de comilança e mais cinco de volta... cada vez que pensava nisso, meus cinquenta anos resmungavam...
Mas vamos lá Marcão, o homem é movido a aventuras...
E assim eu, minha família e meu intrépido parceiro Antônio Carlos, já que a outra parte da comitiva havia desistido, muito mais motivados pelo compromisso e lealdade do que pela vontade, partimos cedo.
Estava em jogo nosso objetivo dos tempos de faculdade de conhecer a cidade do Marcelo “Casado”, colega de turma, figura de destaque desde o primeiro ano pelo seu vozeirão e sotaque característico que toda hora nos desafiava com um jogo de truco, futebol, tênis, histórias, causos e o que mais tivesse para competir ou para fazer...
- Nãããããão, nããããão... isso não é assim nããããão..., peraí que eu vou te mostrar....
Para o Casadão, ninguém fazia nada melhor do que ele, então fomos lá conferir...
A viagem foi uma delícia, a paisagem pouco a pouco foi ficando mais verde e distante com plantações morrendo longe no horizonte deste nosso tão rico interior de São Paulo... 

- Que estúpido, me peguei pensando ao ver tudo isso, olha o que eu estava perdendo...
Sou um eterno contemplador. Prédios, obras, desenhos e principalmente paisagens me fascinam e desligam minha máquina de pensar por alguns momentos e reativam a parte da minha cabeça que mais me faz bem... já havia esquecido o quanto estas fugas para o meio do mato  me recarregavam..., mas o melhor ainda estava por vir...
O ser humano desenvolve uma atração difícil de explicar. Tenho com meus amigos uma ligação fraterna difícil de ser quebrada, mesmo quando não nos vemos há anos... e em alguns instantes já nos sentimos como se nos víssemos diariamente.
Claro que por trás disto estava todo o carinho e a preocupação dos anfitriões, e seus amigos que nos esperavam para uma feijoadinha com direito a uma bela rodada de torresmo de entrada e uma boa caipirinha de velho barreiro...




- Á noite vai ser queijo e vinho, caldo verde e um escondidinho de bacalhau que ninguém faz igual Marcão, quero ver esse prato no teu Blog...
Não falei? Já era o Casadão para mais um desafio...
Então, para aguentar o repuxo, e depois de uma feijoada maravilhosa, nada mais salutar do que uma boa rede... como eu gosto...


E veio então o escondidinho de bacalhau, que de entrada teve um patê de camarão e de bacalhau, tudo feito com todo carinho e dedicação pelo Casado, que do lado de fora da casa, além da churrasqueira e do balcão tem um fogão industrial de duas bocas e forno que estão com seus dias contados...
- Esse aqui não dá mais não Marcão, vou comprar um maior... todo fim de semana vem gente comer aqui e eu adoro ficar preparando umas receitas novas...




Nem preciso dizer que á noite dormi como um anjo... ou um padre??? Sei lá, dormi como a muito não conseguia, ainda bem, porque o banquete principal ainda estava por vir...
- Marcão, o Gaúcho colocou vinte e oito quilos de costela para assar às sete horas, lá pelas duas da tarde vai estar pronto... vamos todo mundo lá para o sítio do Silvan...
E assim foi...

Como dizia o grande pensador Orlandinho, “quem fica em casa perde estas coisas...”



Muito obrigado Marcelo e Vivi que nos receberam tão bem, sua filha Bruna que ciceroneou minha adolescente filha, ao Silvan e Mônica que nos receberam tão carinhosamente em seu sítio e todos aqueles que conhecemos e deixamos em Jaboticabal... 




Que Deus continue iluminando o coração destes e de todos que ainda mantém a arte de cultivar seus amigos...




domingo, 11 de março de 2012

Lima, a nova capital mundial da gastronomia

Por Mesquitinha

Lima é uma cidade onde até o pobre exercita e usufrui da gastronomia. Por toda a cidade , nos bares simples, e nos grandes restaurantes, tem peixe ( ceviche ) e o pollo ( frango), alimento predominante para a classe de menos poder aquisitivo do Perú, do Paraguai, da Bolívia, e também do Brasil. O Ceviche são tiras de peixe curtido no limão e servido com um leve e paradisíaco molho, ou melhor, caldo branco. No restaurante Santo Pez em Miraflores (www.santopez.com) comi de entrada bolinhos fritos de ceviche, que valeu a passagem ida e volta, bombones de pescado com leche de tigre e o prato principal foi um sobrano atum (posta) grelhado;  medalhão de atum com risoto de milho e salsa de raíz coronados com hilos e corcantes de pulpo ( polvo )
Mas, no Mercado Municipal os trabalhadores e visitantes comem um ótimo ceviche numa bancada ao lado das peixarias. Essa rica gastronomia é completada pela Cozinha Creola (na caçarola bem à espanhola, com cebola, pimentões e batatas) especializada em carne de porco, bovina e aves. São mestres em fazer o carneiro, o arroz com pato, o filé de pato, pratos facilmente encontrados
Uma alerta para quem vai com os filhos, a cidade abriga todas as redes internacionais de fast food , Subway, MacDonald, Burger King, Pizza Hut, Dominos , e o sempre lotadíssimo KFC , o Kentuchy Frango Frito que o pianista Sergio Mendes trouxe para o Brasil na década de 70 e não vingou, e agora o grupo do Bobs/Spoletto está testando uma loja no centro do Rio.
Lima tem dez milhôes de habitantes, transito caótico com a maioria dos carros e micro ônibus velhos, não tem metrô , mas, como em Buenos Aires e Montevidéu taxi farto e baratíssimo. Usei taxi para conhecer a praia de Miraflores, famosa para os surfistas, porém sem a freqüência de banhistas, para conhecer o elegante bairro de San Isidro com belas mansões e shopping. Quanto ao Centro Histórico que é arrepiadamente bonito com seus palácios, igrejas  e museus, é claro, que comprei na portaria do hotel um tour com uma guia preparadíssima.
Por sinal, o peruano sabe que depende dos minerais e pescados para exportação, e do turismo, que é super organizado e atencioso. O turismo, principalmente por Machú Picchú e Cusco, é grandioso, com pouca participação de brasileiros e a predominância  de europeus, asiáticos, australianos e norte americanos. Um dólar vale 2,7 sólis
Hotel tres estrelas à US$ 60 a diaria de ótimo nível, se encontra centenas em Miraflores e San Isidro, local bonito e recomendável à uma família. Eu, na minha amada solidão, ou melhor, privacidade, fiquei no centro, no imponente e majestoso Hotel Grand Bolívar, na praça San Martin, inaugurado em 1923. bem cuidado pois o aluguel dos tres salões de baile para festas, e o ótimo restaurante, dão uma grande renda. O meu quarto era maior do que o meu apto, com sala de espera, sala, closed, quarto, e um enorme banheiro com banheira antiga de repouso na água, chuveiro, continuando com mármore, o vaso sanitário ao seu lado, o importantíssimo bidê, hoje, infelizmente, em extinção.
Não traga o seu guarda chuva, em Lima não chove, e também não faz sol. Tem uma garoa somente nos quatro meses de verão
Voltando a falar de comida, dei uma sorte incrivel, peguei a maior feira mundial de gastronomia, a Mistura ( www.mistura.pe ) organizada pela Apega ( www.apega.pe ) Associação Peruana de Gastronomia presidida pelo revolucionário e mais badalado Chef Cuisine mundialmente famoso, Gastón Acurio. Essa feira montada num grande parque publico ao lado hotel Shereton (em Lima há hoteis de toda a rede hoteleira internacional) onde havia centenas de barracas restaurante, desde o mais chique ao mais pé de chinelo. È uma mistura (deve ser a razão do nome  da feira de SP, a Paladar, com a feira Comida di Buteco de Belo Horizonte.
Incrível que numa segunda feira às 15 hs, dia útil, tinha nesse horário 300.000 pessoas. Voltei á pé para o hotel , ao cair da tarde , sentei na Catedral do Pisco, onde foi inventado o Pisco Sauer, segundo os peruanos com a divergência dos chilenos, como obviedade, pedi um Pisco, e perguntei se era feriado por ter tanta gente na Feira (que teve participação do brasileiro Alex Atala e do número um, o espanhol Ferran Àdria) disseram que não, aí exclamei:
- E quem trabalha?,
Respondeu o garçon em seguida:
- Sempre há uma minoria rebelde.
Já era fã da comida peruana pela filial em SP do La Mar  do Gaston Acurio, e do exelente restaurante peruano em Maceió, o WANCHAKO  que nasceu há dez anos fruto do casamento de um surfista alagoano com uma moça que conheceu na praia de Miraflores, nutricionista e neta de grande proprietário de restaurante em Lima, com um pouco de conhecimento fui me aprimorar.
Recomendo, qualquer restaurante na av La Mar, da quadra nove à 13, em Miraflores ( Pescados Capitales, Santo Pez, La Mar, Alfresco ) . Em San Isidro, tem um que é bufê à preço único com todas as saladas montadas peruanas (que são muito diferentes ) e todo o restante de comida peruana, o Junios. Há também, restaurantes japonês, chinês, indiano, portanto, o turista encontra a sua adequação.
Lima, também me despiu de qualquer complexo de altura, pois ao caminhar pelas ruas, vendo as pessoas fazendo compras, percebi que setenta por cento dos peruanos medem abaixo dos meus 1,66 m.
Em Lima eu não sou o Mesquitinha, sou o Don Mesquita

Um Santista em Machu Picchu

Por Mesquitinha

Não existe nada no mundo que dê para se comparar a oito dias no Peru. Vim de TAM, me hospedei no suntuoso Gran Hotel Bolivar, no centro de Lima, inaugurado em1924, onde foi inventado o Pisco Sauer ( www.granhtelbolivar.com.pe ) , mas vindo com esposa e filhos , recomendo o Clifford Hotel (www.thecliffordhotel.com.pe) que fica na praia de Miraflores, grudada também elegante bairro de San Isidro. Nesse dois bairros ficam os melhores restaurantescom todas as marcas internacionais de fast food. Ambos hotéis custam U$ 60. Fiquei em Lima três dias e numa tarde fui à uma agencia da LAN e por 900 U$ comprei o pacote de ida e vota para Pisco com hotéis para duas diárias, passagem de trem Para Machu Picchu que leva três horas em um  trem  luxuoso da Orient Express inglesa, refeicao em Macchu Picchu, e todos os translados. O hotel em Cusco três estrelas foi muito bom. Fiz a melhor compra da minha vida, comprei sossego. Agora em Lima novamente, comprei um pacote (onibus e mais o restante) para Paracas que è uma praia Peruana, preservada, com todos os animais marinhos e aves raras. Depois explico sobre esse pacote
É uma obrigacão vir a Cusco e Machu Picchu, è deslumbrante e maravilhoso.