sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Blog Blogasso do Marcão na “Veja Praia” - O Melhor da Baixada Santista

Guardei esta reportagem para publicar comemorando as 20.000 visitas ao Blogasso do Marcão.
Eu nunca imaginaria que chegaria a esta marca, e muito menos que iria ser convidado pela Revista Veja para ser um dos jurados para escolher os Melhores Bares de Santos... e dá-lhe Blogasso do Marcão fazendo história...

E antes de mais nada, quero deixar registrado meus agradecimentos ao Maurício e ao Edu, que me indicaram para o Júri.
Quando uma moça da revista Veja me ligou perguntando se eu aceitaria, achei que era alguma sacanagem... mas quando ela perguntou se era eu que escrevia o Blogasso do Marcão, vi que podia ser verdade... que foi confirmada com a chegada do e-mail com as categorias de Bares para serem votados...
Nunca quis classificar os bares por melhores ou piores. Sempre tento tirar de cada bar o que ele tem de melhor. Os que eu não gosto, eu até evito falar, não só para não apanhar na rua, mas porque também, quem sou eu para falar mal do negócio de alguém...
Mas sendo do Júri tive que escolher meus melhores, e aí vão meus votos para os bares que considero os melhores em cada categoria, quee coincidentemente costumo ir, e depois alguns comentários que achei pertinentes...

Melhor Boteco: Embalos. Logo de cara a polêmica. Tantas outras indicações feitas eu considero como barzinhos, não como Boteco. Falei isso para a moça da revista e ela disse que cada um pode usar o seu próprio critério. Para mim boteco tem que ser um lugar que sirva cerveja em garrafa grande... e onde eu possa petiscar um amendoim, uma linguicinha frita, tomar uma caipira ou uma batidinha, sem muito lesgo lesgo... E hoje quando eu quero fazer isso, vou no Embalos...
Melhor Chope: Heinz. Sem comentários. Falar mais o que?
Melhor fim de Noite: Restaurante Olímpia. Hoje, tenho preferido o Olímpia por ser aqui pertinho, em frente à praia, ser arejado, envidraçado, com ar-condicionado, funciona a noite toda e com uma comida excelente...
Melhor Happy Hour: Heinz. Aliás quem quiser ficar happy a qualquer hora, é só ir no Heinz.
Melhor Música ao Vivo: Torto. A casa é perfeita para ouvir um som. O palco é na cara do gol, e os músicos sempre de qualidade... mas isto para quem gosta de curtir música, né?
Para Dançar: Moby. Como eu não faço parte da geração Tuck-Tuck, o Moby, pra mim, depois do Torto, é onde dá para curtir uma boa música. A disposição, decoração e a iluminação dele me agrada muito e de quebra tem um sanduba, que eu adoro...
Para ir à Dois: Café Central. Ainda não conheci nenhuma casa com tanto bom gosto em Santos. O clima dele é próprio para curtir a dois... mesmo...
Para Paquerar: Badovic. Minha mulher que não me leia, mas sem dúvida, é onde tem a mulherada, digamos assim... mais bacana de Santos...
Para Petiscar: Paulistânia Café. Realmente, não tem igual em Santos... só o Armazém, com a vantagem de sempre ter uma mesa e mais o ar-condicionado...
Quiosque da Praia: Romildo. Ainda é o máster... não tem erro.
E para quem quiser ver os outros bares e Restaurantes indicados, é só surfar pelo www.vejabrasil.abril.com.br/praia/
E finalmente muito obrigado também aos meus assíduos e corajosos leitores... se não fossem vocês eu já teria mudado de ramo... até os 30.000...

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Barra do Sahi - Barraca da Helô


Prá mim, não tem nada melhor do que a Barra do Sahi, principalmente quando o rio não sobe... mas vamos falar das coisas boas...
A praia é do jeito que eu gosto, pequena, mar calmo, transparente, água quente, e ainda linda com muito verde e o visual das Ilhas em frente...
Está certo que aqui no Litoral Norte, Maresias e Juquehi são as mais badaladas, mas desde sempre minha preferida é Sahi, depois Camburi, e depois mais nenhuma, porque já conheço todas elas e nenhuma outra me atrai.
Primeiro porque não surfo. Depois que gosto de ficar na água lá crocodilando... e ficar tendo que mergulhar toda hora por causa das ondas, haja fôlego...
E os hábitos vão mudando com a idade, né? Antes quando eu ia para Sahi, a gente preparava uma geladerinha, e ficava lá no canto direito, do outro lado do centrinho... agora queremos um pouco mais de mordomia, então paramos o carro no estacionamento para tomar uma ducha no final do dia e vamos ali mesmo no centro, que tem o apoio da Barraca da Helô.
Além do côco gelado, das caipiroscas (até com saquê), cerveja e refrigerante, a Barraca da Helô, incrustada debaixo das árvores... tem uma torta de frango e um sanduba natural ralado na hora que são divinos... O atendimento dos meninos que servem é excelente e a estrutura dela é de primeira... comparável ao serviço dos bares de São Paulo... parece até que fizeram curso no Senac... ou então é a Helô mesmo, com aquela cara de poucos amigos, que dá chicotada na turma...
Reclamam que a Helô não é muito simpática. Realmente não perca tempo querendo ser muito íntimo, vai tomar a maior gelada... mas o serviço é muito competente e a memória dela, é paranormal...:
- Helô, fecha a minha?
Sem nem olhar na minha cara ela disse:
- Marcão, né?
Nossa, que dia... depois da ducha no estacionamento e de trocar de roupa no carro (farofinha básica), fomos matar a larica no “Fundo de Quintal” com o mistão de lula, filet de pescada, batata frita, salada, arroz e um feijão maravilhoso...
Foi de lavar a alma...
Ah Sahi, para ti voltarei sempre que existir...

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Café del Mar

Era muito bom, mas Fechou!

Grata surpresa tive ontem ao jantar neste descolado Restaurante. Se bem que não podia ser diferente, já que é capitaneado pelo competente Nelsão, que em outras épocas também comandou o “Teco de Pizza”, ali em frente à praia, no Prédio da Joinville.
Ele montou um lugar aconchegante, com uma decoração leve, onde poucas mesas e um cardápio diferenciado dão o tom quase que exclusivo da casa.
Na entrada há um balcão onde alguns casais já degustavam petiscos e drinques e onde tomei um ótimo café na saída. Ao fundo o salão, com umas dez ou doze mesas de tamanhos e formas diferentes que acomodam grupos ou casais sem aquela quadradisse chata e enfileirada que faz você comer com o cara do lado olhando seu prato...
De entrada um couvert com patês muito bem temperadinhos, pãezinhos quentinhos e uma casquinha de pão sírio delicioso... e dá-lhe pão... o serviço não deixou a gente sem comer ou beber nem um minuto...
Como o papo e o ambiente estavam ótimos, optamos por ir seguindo as sugestões do cardápio sem pressa e até onde desse.
Começamos com uma entrada de tomates recheada com ricota e azeitona que desceu lindamente.
Veio depois uma bursqueta no pão italiano no ponto certo...
Papo vai, papo vem, pedimos uma salada... com folhas, carpaccio, tomates secos e alcaparras, lindamente apresentado e tão bom quanto o visual...
E o prato principal?
Só na próxima, porque não conseguimos comer mais nada... a não ser, claro, a sobremesa de Brownie com sorvete... Gostei muito de tudo.
Uma bela opção, preço honesto, serviço e atendimento diferenciado e um ambiente quase que exclusivo que nos deixou muito à vontade... ganhamos a noite...
Café del Mar, Av Vicente Carvalho, 36 Santos – (13) 3284-4467

Santos e suas Tradições

Neste sábado fui ao “Segura no Bagre”. Para quem não conhece, o “Segura” era um bloco de carnaval de rua que se transformou em uma Banda com Trio Elétrico e após a proibição dos desfiles se tornou numa Banda Parada do tipo “concentra, mas não sai”!
E como sempre, foi muito bom poder rever amigos curtindo e dançando na rua, mesmo com a baita chuva que não deu trégua...
- E daí? Diria o ansioso e intrépido leitor...
- Qual a novidade nisso?
A novidade foi na fila do banheiro. Este lugar comum, assim como tantas outras filas que tornam todos iguais, e que dependendo do tempo tornam seus integrantes cúmplices e confidentes...
Na minha frente tinha um casal cuja moça não parava de sambar... Eu me contorcendo e ela rebolando... aí ela vira e fala:
- Eta coisa boa... não imaginava que aqui em Santos tinha um carnaval tão bom...
E eu perguntei para o rapaz de onde eram...
- Nós somos de Recife... (disse ela cortando o cara), estamos de férias e lá na praia falaram que ia ter banda aqui e nós viemos correndo... que delícia...
E eu fiquei pensando:
- Como é que estes caras que vêm lá daquela loucura do carnaval do Recife e Olinda, conseguem gostar da nossa batucada tupiniquim??? Vai ver é porque não somos tão ruins assim, né?
E é isso mesmo. Na hora que os Cantores começaram a puxar aqueles sambas enredo inesquecíveis de outros carnavais, com a batucada da bateria da escola quebrando tudo, não tinha um que ficasse parado...
O sorriso, a alegria, a espontaneidade, os abraços e a saudade de tantas pessoas e de outras épocas sendo resgatadas, criando aquele clima gostoso que transbordava na emoção dos sambistas amadores das sacadas e janelas dos prédios, como se estivessem no camarote vip da Brahma...
Estava muito legal... mesmo... por alguns instantes pude sentir a descontração ingênua da alegria no ar e no rosto de cada um...
Mas a violência, a frieza e o conformismo vem acabando com nossa maneira de ser santista e de ser brasileiro.
Tudo é perigoso. É proibido concentrar muitas pessoas felizes no mesmo lugar, pode dar confusão, pode ter arrastão, tiroteio, quebra-quebra, cadeirada e briga.
É melhor cada um ficar na sua casa e esquecer que o carnaval existe... que somos alegres, que gostamos de música, de rir e ver pessoas se divertindo na rua... de rever os amigos e de expressar nossas emoções... esqueçam.
Quem nunca organizou um encontro desse não imagina o trabalho que dá e a responsabilidade que é.
Mas para muitos, é melhor proibir tudo. Tranquem as pessoas em casa e soltem os bandidos nas ruas.
Criaram uma fábrica de delinqüentes e revoltados que não conseguem fechar.
E a tradição, a cultura, o modo de ser e de viver de uma cidade inteira vai se modificando, endurecendo, perdendo a graça e fechando o sorriso.
Que os Deuses do Carnaval nos Salvem!

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Segura no Bagre 2009

Por Marcos Veiga (o Kiko)

PINDORAMA – Esta é a tua vida... Do MUC 3 a ba[r]dalada rua de hoje.
Pindorama – região de palmeiras ou nome que as populações indígenas davam ao Brasil.
Não se tem notícias de que a nossa rua tenha tido palmeiras ou que tenha sido ocupada por índios, mas um dia, acreditem, foi pacata e tranqüila.
Na esquina da praia ficava o Restaurante Vasquez, depois padaria e hoje o Grill. Pratos tradicionais (quem lá nunca comeu o Filé à Parmegiana?) e um balcão, que mais vendia cafezinho do que qualquer outra coisa, eram marcas registradas. Contíguo estava o Bar do Barbosa, atual Bar da Lila, boteco da melhor qualidade que sobrevive aos modernismos que a rua experimentou ao longo de anos. Ah! O salão de barbeiro do Catarina vinha logo a seguir, que lá ainda está e não deixa ninguém mentir. Em seguida o Bar da Palmira, o pebolim e o snooker, quem um dia seria a oficina de geladeiras, TVs, fogões e tudo que era tralha do Garcia, e hoje dão lugar ao novíssimo Paulistânia.
Passando as garagens do Ed. Paulistânia e a farmácia chegava-se ao bar do Manolo e do “Seu” Zé, reduto dos boleiros e cartolas do Campos Melo (Peirão, Nico, os irmãos Mesquita, Manivela, apenas para citar alguns), dos corneteiros do bairro (destaques para Roberto Sidney (Alemão), Orlandinho e Passarinho) e, mais tarde, da molecada do Náutico. Os que ali vêem hoje o Armazém 29, talvez não saibam que a família Maresias, Gimbinha e Praia Preta lá se criaram, atrás do balcão.
Do outro lado da rua o Heinz brilhava como a melhor chopperia do pedaço. Ao seu lado a quitanda, que ninguém lembra o nome, e que hoje dá lugar ao Biruta’s. Quase colado ficava o Arpoador, ocupado agora pelo Embalo’s. No meio da Lincoln Feliciano, que pouca gente sabe o nome, mas é a rua que começa no canal 3 e acaba na Rua da Paz (ou será ao contrário?), ficava Os Três Patetas (existe nome pior para boteco?), onde o pessoal fazia a fezinha no jogo criado por Barão de Drummond. Hoje lá está o Bardovic, que a turma da Pindorama anexou e acolheu.
A despeito dessa profusão de bares, a quietude de rua de bairro era mantida. As coisas começaram a mudar com a chegada do XV, transferido da mansão da Rua Marcilio Dias esquina com a praia. Projeto controverso, pois embora de frente para o mar, muitas de suas instalações estavam abaixo do nível da rua, impedindo a vista da praia. Cresciam a prática do surf e as peladas na praia, esta última já sob o controle do Paraná do Mate (e que as controlaria por anos a fio).
Os pegas de carros, saindo da Conselheiro Nébias e virando em alta velocidade no Canal 3, para delírio da molecada aboletada na rampa do XV, marcaram época. O Aero Willis amarelo do Cordella e o Fusca prateado do Francês eram figurinhas carimbadas.
Na calada da noite mudaram o nome da rua: Canuto Waldemar Nogueira Ortiz. Nada contra o grande benemérito, que, em 1928, doou uma escola ao município. A UME Lourdes Ortiz está lá, na Rua Ricardo Pinto, Aparecida, até hoje. Mas tirar o nome Pindorama foi uma traição. Liderados pelo “Seu” Lessa, da Farmácia Espumas, o povo foi às ruas. Passeatas, listas de assinaturas, contatos com vereadores e, em uma decisão histórica, o processo foi revertido. A rua havia recuperado seu nome original e, o mais importante, sua personalidade.
Surgiam os times de futebol da rua. O zelador de um prédio fundou o Pindorama FC que, contam, deveria ir para o Guinness Book, pois na história do futebol mundial nunca se viu um time com três destros e oito canhotos. Até o lateral direito e o ponta direita eram canhotos.
Nascia o MUC 3 (Mocidade Unida do Canal 3). Sob o comando do técnico Chico Gordo, Lino, Toca, Durval 7 Cabeças, Miguel Loco, Zizi, Crioulo, Perequê, Barba, Miguel Alemão (dizem que foi o primeiro surfista de Santos), Nenê e outros desfilavam seus dotes futebolísticos na areia da praia.
Pós praia, o Bar da Palmira era o point. Jairzinho mandava no violão. Mulheres bonitas e molecada sarada trocavam olhares. Ainda tinha o pessoal das motos com os Toninhos – Bernardo e Cabelo, Nelsinho Cardoso, Renato Porchat e outros que aumentavam a confusão da rua.
O Náutico, clube mais antigo de futebol de praia, também adotou a rua para seus encontros pós jogos. A bagunça rolava no Bar do Bimbo (pebolim), com batuque sobre a mesa. Com o tempo mudou-se para o bar do Manolo. A batucada sofisticou-se, agora com surdo, repinique e caixa. Era samba de um lado e truco do outro (dá para imaginar?). Nos finais de ano as brigas e discussões dos jogos de solteiros contra casados dissipavam-se em batucada. A rua trocava seu sossego por agito, charme e alegria.
E foi no meio de toda essa encrenca que nasceu o Bagre. Se Ipanema tinha sua banda, porque o Boqueirão-Canal 3 não podia ter a sua? Era preciso um nome. Todo mundo dando palpite. Até que o Miro gritou: Segura no Bagre. Aqui cabem parênteses – o Geraldinho (o Japonês do Volleyball) quando não era correspondido nas paqueras ou ficava invocado com alguma coisa, usava a expressão: então segura no meu bagre. Proposta aceita. A banda tinha um nome. O Geraldinho, por ter sido a fonte inspiradora, foi aclamado seu primeiro presidente. Tudo isso na mesa do Heinz, onde Charles Bronson, Rafa e Zé, serviam chopp gelado e testemunharam esse acontecimento que, se não mudou a vida de ninguém, deu muitas alegrias, não só para a molecada da banda, como também para boa parte da cidade.
Ao longo dos anos o Bagre cresceu, não sem muitas dificuldades (não havia Viagra). Teve quatro hinos: o do “Seu” Alberto, pai do inesquecível Tica, o da dupla Luigi & Giba, o do Chuchu (Xuxu) do Banjo e o último do fantástico, erótico, performático, maravilhoso e genial Robertinho Chantilly.
Num determinado ano fechou-se “convênio” com o Cachaça Brasil, famosa casa de samba, localizada na Vila Mathias, de propriedade do Buru e do Velha. O Buru, entrutado que era com o mundo do samba, trazia para o grito de carnaval do Cachaça, que ocorria um dia antes do Bagre, grandes personalidades do samba do Rio de Janeiro, e que, no dia seguinte, como parte do pacote, abrilhantariam a banda. Foi assim com Jamelão, Carlinhos de Pilares, Neguinho da Beija Flor apenas para citar alguns. O Bagre crescia, ainda sem Viagra, só na base da emoção. Trios elétricos incorporaram-se à banda. A Banda do Direito concluía seu desfile juntando-se ao Bagre. Houve ano da banda arrastar mais de 4000 foliões (alguns juram que tinha mais de 6000).
O tempo passou. Veio a proibição de desfiles na praia. Muitas bandas desapareceram, dentre elas a notável Banda Mole. O Bagre teimoso permaneceu. Concentra mais não sai. Há de se manter a tradição. Esse ano homenageia as testemunhas de sua criação - Charles Bronson, Zé e Rafa – e um dos seus muitos benfeitores, Buru. Outras homenagens virão. O Bagre continuará crescendo (só que agora, pela idade de seu corpo diretivo, um Viagrazinho é bem vindo).
Essa crônica foi escrita pelo Kiko, que se valeu de fatos de conhecimento próprio e de outros que lhe foram narrados pelo Lino Alonso – Presidente Executivo da Banda – e pelo Mesquita – Presidente do Conselho de Administração. A estória contemporânea aceita interpretações, discordâncias, preferências, possíveis equívocos, etc., etc., etc.. Contudo, essa é a nossa estória. Quem puder, souber e quiser que conte outra.
Santos – Carnaval 2009