Bom, nem precisava dizer que NY é uma cidade maravilhosa
para se passear... e a pé... Mesmo em Janeiro, num frio beirando o zero, você
sai para a rua. E é disso o que mais gostei. Como Santos, a ilha de Manhathan é
plana e fácil para se localizar e se locomover.
Da parte sul do Central Park até o sul da ilha (Battery
Park), onde se pega a barca para a Estátua da Liberdade são 8 Km, e na
transversal entre os dois rios, de um lado a outro da ilha são apenas 3 Km. Ou
seja, para um bom caminhante, dá para visitar a parte mais nobre de NY a pé.
Mas se preferir metrô ou taxi, tudo bem, o serviço é excelente.
Na parte norte do Central Park começa o Harlem. Na parte sul
do parque se localiza a região mais turística e badalada, na qual me
emburaquei. Comecei meus passeios por ali mesmo, na avenida sul do Central
Park, a Central Park South (ou 59 Street). Do lado direito tem uma praça bem
transada, a Columbus Circle e um shopping, o Time Warner Center.
Uma dica legal de uma amiga que morou lá por cinco anos é o
supermercado e o restaurante estilo Self Service no sub-solo deste shopping com
preço bom e fácil de se servir. O mais difícil é achar lugar para sentar,
porque a parada é cheia. Por aqui passa a Brodway, uma avenida imensa que vem
desde os quintos dos infernos e vai até o finalzinho da ilha lá no sul.
Mas vamos para o lado oposto do Central Park pela 59 Street,
na esquina com a 5ª avenida, onde tem a
loja da Apple e a Schwarz, uma loja de brinquedos e guloseimas imperdível...
e daí, descendo pela 5ª avenida começa o festival de lojas,
prédios, museus, igrejas, parques e atrações que não acabam mais.
Minha dica é pesquisar com antecedência as lojas, bares,
restaurantes e passeios e se programar para ir conhecendo tudo por quadras. Qualquer
lugar vale à pena... Neste mesmo dia ali pertinho nós fomos na loja da Sony,
Depois passamos pelo prédio do Donald Trump, pelo Rockfeller Center
e caminhamos até a Times Square onde comemos muito bem no Planet Hollywood.
A Times Square é um caso à parte... fomos todas as noites
para lá. Impossível não ficar extasiado pelo colorido das luzes, das telas
gigantes, dos teatros e lojas piscando...
sem dizer da loja gigante da “MM” onde as crianças
piraram...
e daí de volta para o
hotel, sempre a pé. Andar por Manhathan como já disse é como fazer parte de um
filme.
Nós ficamos hospedados em um hotel em frente ao Central
Park, o
Helmsley Park Lane Hotel, e esta foto abaixo não é foto de propaganda, fui eu mesmo que tirei... .
Um luxo exagerado para um pé rapado como eu, mas não deixei
a peteca cair... afinal como sempre diz meu pai, “morro duro mas não perco a
pose”.
e prá mim foi a coisa mais marcante da viagem. Eu queria
assistir a uma missa gospel e pesquisando achei esta igreja, que não era
católica, mas ficava pertinho do hotel e perto da Times Square, (lógico).
Localizada em um antigo Teatro, a Times Square Church foi
muito mais do que imaginávamos.
O culto começa pontualmente às 10:00 no domingo (horário de lá), e claro,
como bons brasileiros e ainda mais com três crianças, além de chegar em cima da
hora, armamos o maior alvoroço no sobe e desce das escadas até descolar um
lugar pertinho do céu... digo, do palco...
Uma banda ao vivo, e um coral com mais de 100 integrantes
deram um espetáculo de uma hora seguida. Na segunda música já estávamos todos
chorando, louvando e cantando que nem doidos. Um baita de um telão vai passando
as letras das músicas e não tem quem fique parado. Um show. Um baita show.
Aliás, a recepção que deram aos que pela primeira vez foram
à Times Square Church foi muito legal. Logo depois da terceira música, um dos
pastores deu boas vindas aos visitantes e imediatamente fomos todos
cumprimentados pelo pessoal à nossa volta. Aí nos sentimos em casa. De turista
virei fiel.
Além disso são super organizados, com orientadores muito
atenciosos em todos os lugares. Se você quiser só assistir às músicas, tem um
lugar especial para você sair na hora que quiser. Se quiser tradução, tem um
telão em uma sala com tradução simultânea. E se quiser assistir a todo o culto,
é só chegar meia hora antes que eles recebem a todos com muito carinho, e
instalam a todos com todo o conforto. E o sermão foi muito bom, caiu feito uma
benção sobre nossas cabeças, e no final, mais música para encher os nossos
corações. No site da
Times Square Church
tem mais fotos e inclusive pode-se assistir a missa pela internet ao vivo aos
domingos. Ah, tirar fotos dentro da igreja é proibido, mas que brasileiro
consegue seguir alguma regra???
Saindo da Times Square Church, mais passeio pela Times
Square e um super almoço na Cantina
Carmines,
sem dúvida nenhuma a melhor dica de restaurante que tivemos... divino.
Dali fomos caminhando até o Empire State. Eta passeiozinho
de turista, pensei... mas ora bolas, a gente era o que?? Então vamos lá...
O Empire State não é só altura. Ao se aproximar dele já
se vê sua desenvoltura, sua pujança e o brilho de suas placas de aço. Que construção
magnífica, suntuosa, marcante. Simplesmente lindo.
Como em tudo que visitamos, muito bem organizado, bilheteria,
museu, souvenirs, terraço, bar, tudo funcionando perfeitamente e valendo cada
cents...
E claro, a vista é imperdível.
Do Epire é a melhor forma de se ver e entender a bela ilha de
Manhattan.
Voltamos ao hotel para as garotas se emperiquitarem, afinal
iríamos assistir o Rei Leão na Broadway...
Foi legal, mas gostei mais da apresentação que a minha filha
fez aqui no Coliseu com a turma da Contra Passo... Outra dica: podendo assistam
a todos os shows e peças que conseguirem afinal, a arte e a música está em
todos os lugares e saem por todos os poros dos americanos. Não é à toa que os
caras arrebentam neste quesito.
No dia seguinte, mais passeio de turista: A Estátua da
Liberdade. Outra surpresa prá lá de agradável. Bem no sul da ilha, em uma praça
super gracinha (como diria a Hebe Camargo), saem as balsas. Outro passeio
imperdível. A vista que se tem de Manhattan quando estamos navegando é algo
impressionante:
E a estátua? Linda, imponente, vistosa, magistral, impoluta
(lembram dessa?), simplesmente magnífica.
A estátua fica em mais um parque limpo, bem cuidado, tudo
super organizado, com tudo funcionando. Um passeio delicioso.
Na volta, a duas quadras de onde descemos o Touro da Bolsa
de Valores, e Wall Street...
ah meus investimentos... como rezei em Wall Street, mais do
que na Times Square Church...
mas não teve jeito, essa merda só cai... mas vamos lá...
Queria ir até a prefeitura ver seu prédio e depois até o Pier 17 para tirar umas
fotos da ponte do Brooklyn e até atravessá-la a pé, mas fui uma minoria vencida
e fomos para as lojas do Soho... , claro passando antes perto das torres gêmeas
que estavam sendo reconstruídas...
E no Soho, que pedaço legal de lojas, bares e restaurantes...
e nada mais americano do que uma bandeira dos EUA feita de Tênis, né???
Saímos do Soho e
fomos a mais compras, agora para o papai aqui, na
B&H. A B&H é imperdível. Se
acham a Best By o máximo, a B&H é 10 vezes mais em eletrônicos, som, foto e
vídeo. Tem de tudo: de TV a binóculo, de equipamento de som profissional à
capinha de máquina fotográfica xereta. E toda dinâmica e fluxo de material por
esteiras no teto da loja, sem dizer que dá para comprar as coisas daqui,
falando com vendedor brasileiro lá. Aliás vendedor brasileiro tem em quase todo
lugar agora... E garçom ou porteiro que já teve uma namorada brasileira então,
em quase todos os bares e hotéis... mas vamos lá... ainda deu tempo para passar
de volta na Times Square para jantar no Hard Rock Café
e depois para arrematar a
noite atacamos uns Cup Cakes da
Magnólia
Bakery... delícious...
No nosso último dia em NY, começamos com um passeio pelo
Central Park.
Contra tudo (o tempo fechando) e contra todas (minha mulher e minha filha que estavam de bico virado) fomos andar pelo Parque mais famoso do mundo. Deslumbrante... mas olha o humor da fera:
Suas pedras negras, os bancos inteirinhos e reluzentes,
esquilos, árvores lagos e gramados, com os imensos prédios à sua volta,
realmente é um espetáculo para curtir o dia todo...
Aliás, um dia
inteiro é pouco. O parque é gigante.
Além do Museu de história natural, do Zoológico, da pista de patinação e
dos lagos, as alamedas e os gramados são um convite e tanto para uma longa e
deliciosa caminhada.
Mas começou aquela chuvinha e nos mandamos... e quando chove, o
que a gente faz em NY?
- Nos abrigamos em lojas e mais lojas... a Mulherada foi ao
êxtase... almoçamos muito mal (no artigo sobre comida explico melhor) e
voltamos à Times Square. Aí o grupo se separou. Minha irmã com as crianças e
meu cunhado foram ao museu de cera. Eu queria ir à Grand Station. E minha
esposa queria fazer mais compras... mas não queria ir sozinha... então lá fui
eu...
E á Noite, eu e meu cunhado fomos assistir a uma partida de
Hoquei sobre o gelo no Madisson Square Garden. Na hora do rush, descemos a Sétima
Avenida á pé por entre uma multidão, e chegamos para pegar nossos ingressos,
pré comprados pela internet. Tudo tranqüilo, organizado e perfeito.
Famílias inteiras e grupos de amigos foram se chegando e
abrindo os portões, educadamente cada um foi buscando o andar onde se
localizaria suas cadeiras. Em cada andar, lanchonetes, banheiros (tinha até papel
higiênico e tampa na privada), lojas, team leaders, cerveja gelada, petiscos,
enfim, tudo para ser consumido e curtido. E os caras bebem meu... tinha muita
gente que nem assistiu o jogo, só ficava nos botecos... E o hino Nacional,
aqueles cantados no gogó por um cara com sangue de aço, sozinho com a platéia
inteira só esperando para ver se o cara dava uma rateada para tomar vaia... e
arrepiou, sensacional...
O jogo? Sei lá, era porrada prá todo lado, mas ganhamos... e valeu... NY vale muito à pena. Parabéns Americanos, não é à toa que sentem tanto orgulho pelo seu país...